domingo, 12 de outubro de 2008

o Teatro.

Meu personagem está morto.
Ele se retirou do palco e nem se aproxima da coxia...
As cortinas fecharam-se pra ele;
Não se ouviam palmas,muito menos havia platéia.
As luzes não se acendiam e a sonoplastia era muda.
O cenário desabou sobre a cabeça dele...
Corremos até o camarim,mas a porta estava trancada,não havia saída.
Dei as mãos para o meu personagem e nos unimos mais ainda...
Ele estava tão fraco,mas eu estava mais,
ele me dava forças,e eu sendo forte,o tornava mais forte ainda.
E juntos seríamos um só....
Vestimos o nosso figurino,um maquiava o outro.
Deu um sinal,o sinal do começar,recomeçar.
Ouvimos gritos, e esses gritos nos arrastavam até o palco...
E agora sim,sentindo essa vida dentro de mim...
Sabiamos que agora, éramos um.
E estava tudo lá,as cortinas abertas,as palmas calorosas na platéia,
a sonoplastia,um cenário impecável,as luzes nos esperando e,
a coxia pequena demais para nós!
Era o teatro,nos invocando...

Nenhum comentário: